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Teste da orelhinha: o que é e quando fazer?

teste da orelhinha

Você já ouviu falar no “teste da orelhinha”? Também chamado de Triagem Auditiva Neonatal, ele é um principais exames realizados nos recém-nascidos ainda na maternidade, assim como o teste do pezinho e do olhinho. O objetivo deste teste é o de constatar de forma precoce possíveis deficiências auditivas provenientes de malformações congênitas, doenças genéticas e doenças infecciosas que atingem as gestantes, como rubéola e toxoplasmose.

A incidência de problemas auditivos em recém nascidos é de 3 em cada 1.000 nascidos vivos. Por isso, desde 2010, é assegurado por lei que todos os bebês passem pelo teste da orelhinha antes de deixar a maternidade. No caso de nascidos fora do ambiente hospitalar, é necessário que as crianças sejam submetidas ao exame antes de completarem três meses de vida. 

Como é realizado o teste da orelhinha?

O teste de orelhinha deve ser realizado a partir das primeiras 48 horas após o nascimento da criança. O exame é feito enquanto o nenê dorme, é rápido e indolor, levando em torno de 10 minutos para ser concluído. 

Para sua realização, é utilizado um aparelho de Emissões Otoacústicas Evocadas. Esse instrumento é introduzido na orelha do bebê para produzir e medir o retorno de estímulos sonoros leves. No caso de alguma anormalidade com o exame, o recém nascido é encaminhado para uma avaliação otológica e audiológica completa com o médico otorrinolaringologista.

Por que é importante?

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria – SBP, a audição se desenvolve a partir do quinto mês de gestação, quando o nenê começa a ouvir a voz os sons do corpo da mãe. Esse é um dos sentidos mais importantes para o desenvolvimento completo da criança, principalmente da linguagem. 

Qualquer perda na capacidade auditiva pode afetar muito a evolução não só da fala mas também posteriormente relacionamento social, ganho escolar e autoestima. É por isso que o diagnóstico precoce de deficiências auditivas é tão importante. Por meio dele, é possível iniciar o tratamento e assim aumentar as chances da criança de ter um desenvolvimento neuropsicomotor e aquisição da fala normais.

E se o bebê não passar no teste da orelhinha?

Se o bebê não passar no teste da orelhinha, ele deve ser encaminhado para avaliação otorrinolaringológica. No entanto, há casos em que o bebê não passa no teste mas tem uma audição normal. Essa condição é comum e pode ocorrer devido a presença de líquido na orelha média, vernix caseoso no conduto auditivo e até mesmo cerúmen. 

Para confirmar a alteração auditiva, a criança passará por um novo teste dentro de um mês ou ainda poderá ser submetida a exames mais detalhados como o de Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico Automático (PEATE automático).

Este exame é mais específico que o  exame de emissões otoacústicas e pode dar mais informações valiosas sobre a audição do bebê, determinando se ele ouve ou não e até que intensidade sonora ele ouve (limiar auditivo).

Caso confirmada a perda auditiva, a família será encaminhada para o acompanhamento de uma equipe de otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos que vão iniciar o processo de reabilitação auditiva.

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Sobre a Dra Ane Trento

Dra Ane Trento é Otorrinolaringologista, com residência médica realizada no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba, e Fellow em Cirurgia Facial no Hospital do Instituto Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO). Atende em Santa Catarina (SC), nos municípios de Criciúma, Tubarão e Içara. Para mais informações, clique aqui.

Dra Ane Trento é Otorrinolaringologista, com residência médica realizada no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba, e Fellow em Cirurgia Facial no Hospital do Instituto Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO).

Atende em Criciúma (SC).

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