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Perda ou diminuição do olfato? Veja quando pode ser um problema

Anosmia e hiposmia se caracterizam pela perda e diminuição do olfato, respectivamente. Dessa forma, pacientes diagnosticados com uma dessas condições apresentam dificuldade para sentir ou identificar cheiros. Estima-se que em média 19% da população mundial sofra com o incômodo.

A perda ou diminuição do olfato podem se apresentar de forma temporária ou permanente, dependendo da sua causa, e costumam ser parciais. Os problemas podem ser condições por si só ou sintomas de outras complicações, por isso é preciso ficar atento aos sinais e procurar um médico otorrinolaringologista ao notar que algo não vai bem.

Causas

Tanto a anosmia quanto a hiposmia são desencadeadas pela irritação ou destruição das membranas mucosas que revestem o interior do seu nariz. Entre as principais causas do problema estão as doenças do sistema respiratório como rinite alérgica e não alérgica, sinusite, gripe e resfriado.

No entanto, a perda ou diminuição da capacidade olfativa podem ser causadas pela obstrução da passagem nasal, ou seja quando há algo fisicamente bloqueando o fluxo de ar através do nariz. Algumas das condições que proporcionam a condição são as deformidades ósseas do nariz, os pólipos nasais e tumores.

“As principais causas de diminuição do olfato são as patologias nasais, como rinite, pólipos, hipertrofia de cornetos, infecção de vias aéreas inferiores. Mas o problema também pode ser, mais raramente, causado por doenças neurológicas e do sistema nervoso central. Além disso, em algumas vezes a causa não é conhecida”, explica a otorrinolaringologista Dra. Ane Trento.

Pessoas com mais 65 anos e fumantes fazem parte do grupo que têm mais chances de apresentar diminuição da capacidade olfativa.

Quando é preciso ter atenção?

Conforme explica a Dra. Ane Trento, os sinais de alerta para a anosmia dependem do tempo de doença e a presença de outros sintomas associados. Por isso é preciso prestar atenção ao sintomas, já que a dificuldade em sentir cheiros pode indicar danos no sistema nervoso central –  já que o sistema olfativo é formado por receptores no revestimento mucoso do nariz que enviam informações através dos nervos para o cérebro. 

Dessa forma, se qualquer parte da via olfativa for danificada ou destruída, haverá a diminuição ou perda do olfato. Entre as doenças que podem prejudicar o olfato estão Diabetes, Câncer e Doenças Cerebrais como Alzheimer e Parkinson.

Além disso, pela questão de o olfato estar ligado ao paladar, se a pessoa não consegue sentir o aroma de um alimento, ela provavelmente também terá dificuldades em sentir o gosto, o que pode levar o paciente a não comer o suficiente e até mesmo a desnutrição. Outro ponto de atenção em relação à anosmia é em relação aos perigos que se corre em relação a pessoa não conseguir sentir cheiros como o de fumaça ou de gás vazando.

Tratamentos

O tratamento para anosmia ou hiposmia dependerá de sua causa, portanto, a visita ao médico otorrinolaringologista é essencial. Quando a dificuldade olfativa decorre de resfriados, gripes, rinites ou sinusites, a condição costuma desaparecer em alguns dias. 

Para auxiliar no tratamento, o especialista poderá receitar o uso de descongestionantes , anti-histamínicos, sprays nasais esteroides e antibióticos. Reduzir a exposição a substâncias que causam alergia e evitar fumar também são atitudes que ajudam a melhorar o incômodo.

Já quando a causa do problema provém de uma obstrução da passagem nasal, o tratamento envolve cirurgia para retirar o que estiver levando a esta obstrução. 

Dra Ane Trento é Otorrinolaringologista, com residência médica realizada no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba, e Fellow em Cirurgia Facial no Hospital do Instituto Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO).

Atende em Criciúma (SC).

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